Xarabanda

Os Xarabanda apareceram em 1981, sob o nome de Algozes – estando nessa altura conscientes da situação quase irrecuperável de espécimes do património musical madeirense – propuseram-se a uma missão obrigatória. O grupo passou os 8 anos seguintes a promover por toda a Madeira e também fora dela as tradições musicais madeirenses, mesmo que em muitos casos, deparassem com muita resistência e indiferença face ao seu trabalho.

Em 1989 conseguiram lançar o seu primeiro disco, “Tocares e cantares tradicionais da Madeira” que numa edição de autor, marcava igualmente a mudança de nome para Xarabanda. Como o próprio nome indica Xarabanda é a junção de Xaramba com Banda que teve e tem como objetivo dar uma maior importância, do que até então, à música tradicional da Ilha da Madeira.

O título, Xarabanda, associam-se de imediato à música popular.

A década de 90 é a mais profícua para o grupo, tendo sido editados mais dois trabalhos discográficos “Longe da vista me vai” – 1994 – e “Sete dúzias de mentiras”, em 1997.

O grupo criou o primeiro grande festival de música tradicional na Madeira, o “Ao encontro da música popular” que organizado desde 1994, deu lugar ao “Raízes do Atlântico” em 1999 e que ainda se encontra no ativo atualmente em 2022.

No novo século, mais concretamente em 2001 lança o seu primeiro álbum temático intitulado “Cantigas ao menino Jesus”, que face ao número de vendas, teve uma 2.ª edição em 2002. Mais tarde em 2008, faz uma 3.ª edição deste mesmo álbum, regravando e acrescentando mais alguns temas.

Em 2013, grava o seu 2.º álbum temático dedicado aos jogos e brincadeiras tradicionais, intitulado “Quem anda na roda”.

Mais recentemente em 2019, grava um novo álbum temático, “A cantar se contam histórias”, dedicado aos contos e histórias tradicionais e populares.

Como tal, os temas são passíveis de diferentes interpretações pelo que trabalhamos numa linha de “estilizações heterogéneas” que, julgamos, não desvirtua o material em questão; pelo contrário, enriquece-o, tendo sempre o cuidado de respeitar as características que lhe são próprias.

Atuais elementos:

Roberto Moniz – Braguinha, Rajão, Viola d’Arame, Viola e Voz

Roberto Moritz – Braguinha, Rajão, Viola d’Arame, Viola e coros

Filipa Camacho – Voz

Slobodan Sarcevic – Acordeão

Carlos Figueira – Viola Baixo

Duarte Salgado – Percussão

Os seguidores

O trabalho do Xarabanda também deu frutos relativamente ao aparecimento de outros grupos que, partindo dos mesmos pressupostos, seguiram caminhos diversos, sempre dentro da matriz genérica da tradição musical madeirense. As propostas têm ido desde seguir de forma bastante próxima a tradição recolhida até trabalhos essencialmente de criação original, dentro das características tradicionais, ou de novas sonoridades.

Discografia:

  • Tocares e Cantares Tradicionais (1988/1992  – LP e K7) . (1995 CD)
 
  • Longe da vista me vai (1994 e 1996 – K7 e CD
1
  • Sete dúzias de mentiras (1997 – CD)
  • Cantigas ao menino Jesus (2001 1.ª ed./2002 2.ª ed./2008 3.ª ed. – CD)
  • Quem anda na roda (2013 1.ª ed. – CD)